ALERTA DE SPOILERS! Quem ainda não leu esse livro, ou algum dos volumes da série, e não quiser saber os principais fatos, NÃO leia esta resenha!
Estimados(as) Leitores e
Leitoras,
A resenha de hoje é sobre o livro
Somente Sua, da autora Californiana Silvya Day. O livro é o quarto volume da
Série Crossfire, que já teve seus livros publicados em inúmeros países, e que
só no Brasil, já vendeu mais de 850 mil exemplares. Ela é uma autora de
sucesso, com mais de 20 livros publicados, e sim, posso dizer que Somente Sua,
lançado em novembro de 2014, foi o livro mais esperado, mais desejado e
comentado do ano!
A Série, logo nos primeiros
lançamentos (Toda Sua, Profundamente Sua e Para Sempre Sua) era tratada como
trilogia, mas, conhecendo a magnitude dos personagens, Silvya, optou por nos
dar esse presente. Rumores apontam que, é possível, que o quinto e último
livro, saia em Junho. Não posso afirmar nada, até por que, sofri tanto
esperando esse, que tive até pena de ler e quebrar o encanto da espera. Vai me
entender, né?!
O livro foi tão esperado, que
dispensou até o resumo na contracapa. De todo modo, não adiantaria coloca-lo
aqui, sem ambientar a história desde o livro 1. Prometo que serei breve, mas,
por favor, quem não leu esta série incrível, NÃO leia esta resenha, e se ler
mesmo assim, leia os livros, caso se interesse, claro!
Bom, queridos(as), essa é uma
série de livros eróticos e super intensos. Foi o primeiro contato que tive com
esse tipo de literatura, mas apesar do choque inicial, resolvi me entregar a
leitura, e desde 2013, eles lideram minha lista de melhores livros.
Simplesmente sou apaixonada por essa história. Mas, deixando de blá blá blá...
Gideon Cross, um zilionário mais
que lindo e dono de quase tudo em Manhattan, conhece Eva Tramell, filha de uma
modelo, mas que não vive à sombra da mãe, que se mudou recentemente para a “cidade
dos sonhos”. Eles se esbarram na entrada do prédio Crossfire, que é do Cross, e
futuro local de trabalho de Eva. Desde esse momento, eles sentem uma química
forte e arrebatadora, levando-os a um envolvimento inevitável, apesar da
relutância de Eva. Com um namoro de inúmeras discussões, viagens, pessoas do
passado tirando a tão custosa paz, e momentos arrebatadores (na minha opinião).
Gideon e Eva vivem em três meses, o que muitas pessoas levariam uma vida
inteira. Mas, com um agravante, que os torna diferentes e difíceis em vários
aspectos: os dois sofreram abuso sexual quando eram crianças. Eva foi abusada
pelo filho do seu padrasto, e Gideon, pelo seu terapeuta, pois sua mãe teve que
recorrer a esse tipo de ajuda, depois que o pai de Gideon se matou, após ter
levado à falência muitas e muitas famílias. É queridos(as), nem de longe essa é
uma história comum! E como de se esperar, surgem várias pessoas que tentam
separar os dois, e que conseguem, em vários momentos. O livro é cheio de
relatos de tirar o fôlego, especialmente quando o agressor de Eva reaparece
para “acertar as contas”. Durante um tempo, muito bem justificado, pois nada
fica sem explicação em Crossfire, Gideon e Eva se reaproximam e se casam em uma
praia deserta. Um dos momentos mais lindos que já tinha visto. Gideon mostra
que apesar de ser poderoso e dono do mundo, sabe ser encantador e absurdamente
irresistível. Isto já acontece no livro Para Sempre Sua, tá?! Mas, nem por
isso, quer dizer que eles serão felizes para sempre. Um vídeo de Eva fazendo
sexo com um ex namorado, que é vocalista de uma banda em ascensão, surge,
enquanto Gideon leva a culpa de ter sido o estopim para uma ex-noiva ter tomado
calmante demais, levando-a a perder o filho que esperava do marido (sim, ela
era casada e corria atrás de Gideon, que precisou usá-la em determinado momento
da história, levando-a a pensar que ele ainda a amava, embora ele nunca tivesse
dito isso, nem tão pouco ter dormido com ela, ufa!).
Bom, depois deste “breve” e
enlouquecedor resumo dos três livros anteriores, lembrando que, eu deixei de
fora inúmeros fatos, inclusive o mais importante de todos, vale lembrar que a
Série Crossfire também trás o tema de Dominação/Submissão, mas, bem diferente
de como fora tratado em Cinquenta Tons. Aqui não há chibatas, açoites, varas,
cintos, contratos ou “quartos vermelhos da dor”. Só a velha e pura dominação de
um homem controlador que encontra na mulher da sua vida, a sua maior pedra no
sapato. Por que Eva não é fácil. Nem de longe!
Retornando a Somente Sua... A
primeira grande surpresa do livro apareceu logo no segundo capítulo. Todas as
histórias anteriores eram narradas por Eva. Neste livro, Gideon ganha espaço, o
que é maravilhoso, e até me deixou emocionada de tão feliz. Nesta narrativa,
Gideon e Eva mantem absoluto segredo sobre o casamento na praia, mas planejam a
cerimônia oficial, em que poderão fazer festa e tudo mais. Mas, no início do livro,
como sempre, Eva me deixou chateada. Lembram daquele ex namorado dela, que tem
um vídeo de sexo dos dois? Pois é, o livro inicia com ela indo para San Diego,
visitar o pai, e procurando Brett. Internamente ela ainda se sentia atraída por
ele, o que dá muita raiva queridos(as). Ela às vezes é inconsequente, e
enquanto Gideon faz tudo para mantê-la em segurança e feliz, ela vive metendo
os pés pelas mãos.
Gideon passa a narrativa inteira,
sendo o mesmo de sempre. Evitando que Eva saiba dos seus problemas, fingindo
não ficar abalado quando ele tem os terríveis pesadelos que os impedem de
dividir a mesma cama. Mas, depois de tanto tentar com Eva, para que ela fosse
trabalhar nas Indústrias Cross com ele, Gideon toma uma decisão drástica. Ele
faz uma oferta tentadora ao chefe de Eva, para que se ele aceitar, Eva se veja
na inevitável decisão de ir trabalhar na empresa de Gideon. Parece um pouco
chocante, mas, ele sofreu tanto quando eles brigaram por causa disso, que até
doi lembrar! Eva passou a vida inteira sem poder fazer escolhas, ao se deparar
com Gideon fazendo o mesmo quando ela deveria ter liberdade de escolha, foi
terrível para ela. Mas, acredito que a reação dela, foi um somatório de várias
coisas. Ele sempre se recusou a se abrir para o terapeuta, a procurar de fato
ajuda para superar o abuso que sofreu, optando por esconder o jogo e não contar
a ninguém sobre isso. Para não demonstrar fraqueza. Mas, ele não pode segurar a
língua de Eva quando ela passou na cara do padrasto de Gideon que ele havia
sido violentado e eles não tinham feito nada. Obviamente, o padrasto não sabia
de nada, e ficou transtornado quando soube, procurando Gideon para pedir
perdão. Mas Cross, como sempre, vestiu sua armadura de pedra, afastando todos
de perto dele, consternado por sentir a onda de emoções que estava sentindo. O
que era compreensível, já que ele poderia ter contado com a ajuda de seu
padrasto, já que sua mãe preferiu pensar que a história dos abusos que ele lhe
contara era mentira, deixando o pobre menino ser violentado dentro da sua casa,
em todas as seções de terapia, durante um ano.
Essa história não é fácil
meu(minhas) caros(as). É de tirar o fôlego, muito mais cheia de significado que
muitos livros por ai... É impossível não ter o coração tocado por esse romance.
Ver como os dois se apoiam e vivem um para o outro, em tão pouco tempo que se
conhecem pode até soar estranho. Mas eles sempre se buscaram. E tentam de todas
as formas fazer a relação dar certo, mas, pela primeira vez, somente no fim de
Somente Sua, eu consigo ver Gideon e Eva como um casal normal. Sem a urgência
que sempre fora sua marca registrada. Com Gideon tentando tanto quanto Eva. É
maravilhoso e emocionante!
Os livros também descrevem a vida
de Cary, melhor amigo de Eva, que mora com ela em Manhattan. Sempre gostei
dele, bom, não sempre, há alguns momentos que ele faz uma besteira atrás da
outra. Ele é bissexual e tem um relacionamento simultâneo com uma mulher, que
está grávida, supostamente dele, e com um rapaz, que é o seu grande amor. Mas
Cary roubou muito as atenções nesse livro. A ponto de ficar chato. Gideon ofereceu um espaço na sua cobertura
para que ele pudesse se mudar com a namorada e ficar lá com eles, já que Eva
não podia deixa-lo em um momento tão difícil da sua vida. Mas, quase todas as
vezes que ele apareceu eu senti frustração. Em certos momentos, ele é um fardo
para Eva. Mas, como essa é a história mais “real” que já li, é compreensível
que tudo isso aconteça até o amadurecimento dos personagens.
Por fim, não poderia deixar de pontuar
uma questão. Quando comecei a me entregar a leitura, e li algumas comentários falando
das semelhanças entre Crossfire e a Série Cinquenta Tons, da autora E. L. James
pensei logo: impossível! Mas, tive que ler as duas para comprovar. De fato há
várias semelhanças entre as duas. Só que Cinquenta Tons foi lançado primeiro do
que Crossfire, então, se cabe alguma semelhança, foi Silvya que fez, isso é
inegável. Já li também que Silvya dizia que era uma autora experiente e que
seus livros tinha um mundo de diferenças em relação aos de E.L. James. De certa
forma, tenho uma conexão bem maior com Crossfire. A história é mais intensa,
não perde o foco, nem se limita ao casal. Mas eu senti uma raiva latente quando
vi que em Somente Sua, surge um engenheiro que fica se insinuando para Eva. O
que em Cinquenta Tons aconteceu com uma engenheira se insinuando para o
Christian. Não tem como descrever a raiva que eu tive, poxa Silvya... Cinquenta
Tons é um romance baseado em Crepúsculo, então Crossfire é o quê? Baseado em
Cinquenta Tons? Sei que não tenho conhecimento suficiente, nem nunca escrevi um
livro, mas, gente, ela sabia das comparações entre as duas obras. Ela só pode
ter feito de propósito, e eu não gostei.
Para todo o resto, a Série é
incrível, emocionante, intensa, verdadeira... Enfim, a minha melhor, já falei
né?! Espero que vocês tenham gostado, desculpem o tamanho da resenha, mas
sinceramente, falar de Crossfire em poucas linhas é impossível.
Com carinho,
Natasha.