Queridos(as) Leitores e Leitoras,
Primeiramente quero pedir desculpas por esse afastamento repentino. Não foi proposital, como também não pude evitar, mas, senti falta de vocês. Talvez não seja a última vez que ele ocorra, mas, farei o possível para estar mais presente. Agora estou trabalhando, quem trabalha sabe, a vontade de ler é do tamanho do mundo, o tempo para isso é pouquíssimo. Entretanto, uma notícia boa: estou trabalhando em uma livraria (hehehe!! - Momento dancinha da vitória). O melhor emprego do mundo não é gente? Algumas pessoas pensam que quem trabalha em livraria passa o tempo todo lendo, mas essa máxima não é tão "máxima" assim, mas, ok, ok... É a melhor coisa que me aconteceu nesse fim de 2015. E é muito bom poder compartilhar com vocês. Até pensei em postar algumas coisas do dia a dia da livraria. {Vamos amadurecer a ideia}
Muito bem então, vamos a resenha...
A Londrina Jojo Moyes publicou seu primeiro livro em 2002, desde então ela abandonou sua carreia como jornalista para dedicar-se a esse universo inexplicável. No Brasil ela já tem vários títulos traduzidos, entre eles: A Última Carta de Amor, Um Mais Um, A Garota que Você Deixou para Trás, entre outros. O único que li até agora foi Como Eu Era Antes de Você, mas como sempre digo, se ler mais algum venho aqui compartilhar com vocês. Esse livro foi lançado em 2013 pela Intrínseca, com uma capa super fofa, em versão 16x23, papel especial (que não reflete a luz) e o livro tem 320 páginas.
Sinopse:
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Ok, essa sinopse disse muita coisa sobre o livro. Na verdade, a sensação que passa sobre ela ter dito muita coisa tem ligação direta com o fato de Louisa ser uma pessoa que tem uma vida simples. E por simples quero dizer sem grandes acontecimentos, mudanças, perspectivas, ambições, sonhos, ou qualquer outra coisa parecida.
Louisa é o extremo oposto de Will. Will aproveitava sua vida de uma forma que Louisa nunca imaginou. Aventuras, viagens, sabores, tudo o Traynor queria provar, aprender e vivenciar. Até o acidente que o deixou tetraplégico e fez sua vida se reduzir a um borrão. Em uma rotina interminável de cuidados, dores, remédios e aparelhos, ele odeia cada segundo que passa "vivo".
Os dois se encontram, quando Louisa vai trabalhar como sua cuidadora. Depois de vários anos servindo cafézinho e fazendo chá ela vai experimentar novos trabalhos. Até porque sua família não dispõe de condições financeiras para que ela passe um tempo sem trabalhar ou possa se dedicar aos estudos. Sua irmã trabalha em uma floricultura, mas tem um filho pequeno, sonha em voltar para a faculdade e continuar estudando para se formar. Seu pai trabalha em uma fábrica que está prestes a ser vendida e seu emprego a um passo de descer pelo ralo. E sua mãe, compulsiva por limpeza e organização só tem tempo de cuidar do seu avô e da casa.
Vou deixar esse parágrafo reservado para falar do namorado da nossa protagonista: Patrick. Simplesmente o personagem mais bundão que conheci em toda a face dos livros. Vocês não fazem ideia de como esse cara é chato e desnecessário. Toda vez que ele "entrava em cena" eu revirava os olhos. Ele é um legítimo representante daquelas pessoas que só se preocupam consigo mesmas. Que quando tem um objetivo ou um sonho, ou menos que isso, acham que tudo gira em torno de si e o resto do mundo que se acostume. Bom, eu não me acostumei com ele... Só para deixar claro.
O primeiro encontro deles é aterrorizante para Louisa. Will age como um louco e quase faz a garota desistir do emprego. Mas, como tudo na literatura e na vida, os dias passam, o rio corre, e eles começam a superar o trauma do "primeiro encontro" e as coisas começam a fluir mais naturais, com mais facilidade. Will até demonstra que começa a gostar da companhia de Louisa e ela, da mesma forma, passa a sentir vontade de estar com ele. Ele a incentiva a ler seus livros, a assistir filmes, a procurar notícias sobre o mundo. Coisas completamente diferentes do que Louisa fazia. E ela começa a mudar.
Sobre esse "tópico" em especial, eu posso dizer que foi bem especial de ver a evolução da protagonista. A autora enveredou sua caminhada de forma muito natural, passo a passo nós podemos ver o amadurecimento e o crescimento de Louisa. E da mesma forma o orgulho de Will, que depois de achar que nada mais poderia fazer em sua vida, se viu transformando sua amiga em uma pessoa melhor. E foi muito, muito, muito gratificante. Por dois motivos principais:
- Além do tema tetraplegia ser tratado de forma bem direta, sem rodeios, aos poucos conhecemos um pouco mais sobre essa limitação, rotina de cuidados, perspectivas de tratamento e etc. Ainda foi possível romper de certa forma com o cotidiano do leitor. Na maioria dos livros conhecemos personagens que não tem nenhum tipo de limitação e que conquistam o mundo. Nesse livro nós vemos a representação de um fato real. Tetraplegia está presente na vida de muitas famílias. A forma como Will encarou sua vida depois do acidente determinou toda a sua história nos anos posteriores. Ha pessoas que não encaram da mesma forma. Mas foi importante para a maioria dos leitores (acredito) conhecer um pouco mais dessa realidade. Para mim foi uma experiência muito válida.
- O segundo fator, uma perspectiva minha, na verdade eu senti que a autora delimitou Will e Louisa de uma forma bem direta. O que "faltava" em um "sobrava" no outro. Por exemplo: Will tinha uma mente livre, e era preso em uma cadeira, Louisa era "livre" e tinha uma mente presa. Na história até que Louisa tentou unir as duas coisas, dando a Will uma nova perspectiva de vida, um novo olhar sobre sua condição. E conseguiu. Da mesma forma que ele conseguiu abrir um pouco da mente de Louisa. Mostrar que ela tinha uma vida de possibilidades, que ela poderia voar como um dia ele voou.
Acredito que esses dois pontos sejam os mais importantes a se considerar na obra. Todos os personagens tem seu papel, aprendemos um pouquinho com cada um, até com o desnecessário Patrick, que por sua vez, talvez não seja tão desnecessário assim, né? Dessa forma, esse é um livro que deixa no leitor um novo olhar sobre a vida. Uma nova ideia ou um reforço de ideia de como a felicidade pode ser relativa, ou como ali do lado existe uma pessoa ou uma família que pode ter uma infinidade de medos, de dificuldades, de necessidades que você nunca vai imaginar se não conhecer aquela realidade. Eu não estou dizendo para sairmos por ai nos metendo na vida dos outros. NÃO! Estou dizendo, que muitas vezes julgamos sem conhecer (o que nem depois de conhecer temos o direito de fazer), ou não fazemos ideia de como uma pessoa pode estar mal quando ela parece estar bem. Ou simplesmente que deveríamos extrair certos conceitos importantes dos livros e aplicá-los em nossa vida.
Aprendi com Will muitas e muitas coisas. Inclusive que as vezes fingir que não está sentindo pena ou pensando "oh Deus, uma pessoa tão nova nessa condição", pode ser uma das piores formas de agir. Que outras vezes, pensamos estar fazendo bem, quando na verdade estamos sufocando a outra pessoa. O outro, alguém tão infinito quanto eu, quanto você.
A evolução de Como Eu Era Antes de Você ganha uma nova ideia quando Louisa escuta atrás da porta uma conversa da mãe de Will e passa a conhecer os planos de Will. E não os aprova nem um pouco. Com muito esforço ela passa a trabalhar dia e noite para que Will desista do que ele mais quer. Nesse percurso aparecem pessoas perguntando se Louisa não se acha egoísta pelo simples fato de achar que Will não tem direito a tomar decisão sobre sua própria vida. Por mais que ela sinta um sentimento verdadeiro por ele, ela não deveria achar que ele merece estar "aprisionado" para que ela não sofra uma fração do que ele sofre diariamente. Eu sei que é difícil de compreender, mas se você quiser ler este livro, você me compreenderá.
Algumas pessoas dizem que choraram rios com esse livro e tal. Isso não aconteceu comigo. Não que eu não tenha um coração sensível, eu apenas me ative a ideia central, ao debate levantado pela autora. O que não quer dizer que não me emocionei com a história. O que não quer dizer que Will e Louisa não estejam guardados em mim.
A continuação da história sai este ano, ainda sem data confirmada. O título do segundo livro é Depois de Você (e já está em pré-venda). E este ano também sairá a adaptação literária para as telonas. Está previsto para Março e eu estou decidindo se irei assistir. Conheci o livro por indicação de uma amiga e me sinto muito sortuda por isso. A ideia se vou assistir ou não, não tem ligação com a história, mas sim com o (pre)conceito de que as adaptações não são fieis aos livros. E eu tenho medo me decepcionar e perdê-los um pouco.
Leiam queridos e queridas... Essa é a minha indicação. E vejam como vocês irão ficar depois deste livro.
Com carinho,
Natasha.
Acredito que esses dois pontos sejam os mais importantes a se considerar na obra. Todos os personagens tem seu papel, aprendemos um pouquinho com cada um, até com o desnecessário Patrick, que por sua vez, talvez não seja tão desnecessário assim, né? Dessa forma, esse é um livro que deixa no leitor um novo olhar sobre a vida. Uma nova ideia ou um reforço de ideia de como a felicidade pode ser relativa, ou como ali do lado existe uma pessoa ou uma família que pode ter uma infinidade de medos, de dificuldades, de necessidades que você nunca vai imaginar se não conhecer aquela realidade. Eu não estou dizendo para sairmos por ai nos metendo na vida dos outros. NÃO! Estou dizendo, que muitas vezes julgamos sem conhecer (o que nem depois de conhecer temos o direito de fazer), ou não fazemos ideia de como uma pessoa pode estar mal quando ela parece estar bem. Ou simplesmente que deveríamos extrair certos conceitos importantes dos livros e aplicá-los em nossa vida.
Aprendi com Will muitas e muitas coisas. Inclusive que as vezes fingir que não está sentindo pena ou pensando "oh Deus, uma pessoa tão nova nessa condição", pode ser uma das piores formas de agir. Que outras vezes, pensamos estar fazendo bem, quando na verdade estamos sufocando a outra pessoa. O outro, alguém tão infinito quanto eu, quanto você.
A evolução de Como Eu Era Antes de Você ganha uma nova ideia quando Louisa escuta atrás da porta uma conversa da mãe de Will e passa a conhecer os planos de Will. E não os aprova nem um pouco. Com muito esforço ela passa a trabalhar dia e noite para que Will desista do que ele mais quer. Nesse percurso aparecem pessoas perguntando se Louisa não se acha egoísta pelo simples fato de achar que Will não tem direito a tomar decisão sobre sua própria vida. Por mais que ela sinta um sentimento verdadeiro por ele, ela não deveria achar que ele merece estar "aprisionado" para que ela não sofra uma fração do que ele sofre diariamente. Eu sei que é difícil de compreender, mas se você quiser ler este livro, você me compreenderá.
Algumas pessoas dizem que choraram rios com esse livro e tal. Isso não aconteceu comigo. Não que eu não tenha um coração sensível, eu apenas me ative a ideia central, ao debate levantado pela autora. O que não quer dizer que não me emocionei com a história. O que não quer dizer que Will e Louisa não estejam guardados em mim.
A continuação da história sai este ano, ainda sem data confirmada. O título do segundo livro é Depois de Você (e já está em pré-venda). E este ano também sairá a adaptação literária para as telonas. Está previsto para Março e eu estou decidindo se irei assistir. Conheci o livro por indicação de uma amiga e me sinto muito sortuda por isso. A ideia se vou assistir ou não, não tem ligação com a história, mas sim com o (pre)conceito de que as adaptações não são fieis aos livros. E eu tenho medo me decepcionar e perdê-los um pouco.
Leiam queridos e queridas... Essa é a minha indicação. E vejam como vocês irão ficar depois deste livro.
Com carinho,
Natasha.
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