quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sempre Foi Você - Carrie Elks

Estimados(as) Leitores e Leitoras,

A resenha de hoje muito alegra o meu coração. É sobre o livro Sempre Foi Você, cujo o título original é Fix You, da autora londrina, cientista política e alucinada por redes sociais: Carrie Elks. Ela escreve desde os 21 anos e eu ri demais na página de agradecimentos quando ela citou que o livro provava para a família que ela estava realmente escrevendo e não só gastando horas nas redes sociais, quando estava na frente do computador. Minha edição é de 2015, embora o livro tenha sido lançado em 2014. E ela é mais uma publicação linda da Editora Universo dos Livros, que fez um trabalho incrível com a edição, começando pela capa, que logo de cara ganhou o meu coração. O livro tem 312 mágicas páginas impressas no pólen soft, no tamanho 16x23. 

Sinopse: '“Richard, nós tivemos um bebê”.

Londres, 31 de dezembro de 1999. Aos 17 anos, a britânica Hanna Vincent conhece o americano Richard Larsen: um estudante rico, encantador e sedutor que vai virar seu mundo de ponta-cabeça. Um relacionamento entre eles é improvável, já que vivem em mundos completamente diferentes. Mas aos poucos uma grande amizade vai surgindo e leva os dois a uma relação explosiva, cheia de paixão, amor e aventura. 

Emocionante e comovente, Sempre Foi Você é uma genuína história de amor. Você daria uma segunda chance ao amor da sua vida?

Bom, para começo de tudo, eu não li essa sinopse! Então minha cabeça entrou em pane pensando nas mil possibilidades para essa história quando li a frase: "Richard, nós tivemos um bebê". Mas esse é um daqueles momentos que o autor quer nos matar do coração, sabe? Mas ai, a história é bem contada, ta?! Absolutamente nada fica de fora. 

Hanna Vincent e Richard Larsen se conheceram em uma festa de ano novo, em 1999. Mas, ele era o anfitrião, e ela, a garçonete. Naquela noite já foi possível descobrir uma afinidade enorme entre os dois, e uma química bem forte também. Os anos se passam e eles se encontram algumas vezes, como bons amigos. E sempre, o leitor é levado a uma atmosfera de desejo e sensualidade, pois, eles apesar de se desejarem desde sempre, decidiram manter a amizade como o único elo entre os dois. Hanna começa a namorar um editor do jornal da faculdade onde ela estuda, até que eles decidem morar juntos. E tudo está bem, apesar de seu namorado nutrir um ciúme mortal de Richard, pois eles continuam trocando objetos, cartas e e-mail. Até o dia em que Hanna chega em casa e pega o namorado com uma mulher, na cama. Hanna sai de Londres e vai a Nova York procurando seu melhor amigo em busca de conselho e consolo. Eles se rendem à paixão, e pela primeira vez, se tocam deixando de lado suas armaduras e revelando o que realmente sentem, e fazem amor. 

Mais algum tempo passa, eles namorando meio a distancia, já que Hanna reluta com todas as forças em se mudar para Nova York, apesar de ter nacionalidade dupla, já que o pai dela mora lá, ela não gosta da cidade e das pessoas excêntricas que nela moram. Richard por sua vez, dribla a mãe controladora e suas pretendentes ricas, escolhidas a dedo por ela, e faz o possível para viajar e encontrar Hanna em Londres. Até que a mãe de Hanna descobre que está com câncer de mama, e a relação deles dá um giro de 180°.

Os pais de Richard se tornam uma espécie de segunda família enquanto Hanna enfrentava junto com a mãe os altos e baixos do câncer. Mas no momento em que ela deveria ser mais forte, Hanna se rende e resolve que se isolar de tudo, até do amor de sua vida, poderia ajudá-la a superar todo o sofrimento que estava passando. E sem pensar duas vezes, ela toma uma decisão, que renderia muitos e muitos momentos de arrependimento posteriormente, e que, dificilmente, lhe daria uma segunda chance para ser feliz.



Ele aproximou-se até que seus corpos estivessem a centímetros de distância, e ela sentiu-se tensa com a proximidade. Um passinho para a frente e seus peitos se tocariam. Tudo o que ela teria que fazer era inclinar a cabeça e deixar que ele abaixasse a dele, até que seus lábios se encontrassem em um beijo explosivo. - Por que não? - a voz dele era tensa, e ela o viu fechar as mãos em punhos, como se estivesse tentando se impedir de tocá-la. [...] Os olhos dele buscavam os dela, e Hanna sentiu a necessidade de ser honesta, de se jogar na frente dele e admitir o que fizera. 
- Porque sempre foi você.
(pág. 148)

Encontrei esse livro em uma das minhas buscas na internet. Acredito que a maioria dos leitores é assim, mesmo que não vá comprar, mas sempre sai procurando livros interessantes para compor a sua Wish List. Era o que eu fazia. Me rendi às promessas que o título me dava juntamente com a capa, e nutri as maiores expectativas que poderia.

O livro é narrado em terceira pessoa, o que é super legal, já que nós podemos acompanhar em "tempo real" os sentimentos dos protagonistas. Outra informação importante é que o livro acontece de 1999 até 2021. Sim, não estou pirando! É isso mesmo. Um espaço de tempo muito grande queridos(as), mas foi bem trabalhado pela autora, que fez constantes links com eventos que realmente aconteceram, como é o caso do ataque terrorista às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001. Em nenhum momento senti desconforto com essas passagens de tempo, mesmo ela só mencionando poucos dias por cada ano, ela escreve divinamente bem. E eu não fiquei perdida em nenhum momento, ao contrário do que aconteceu na minha leitura de Simplesmente Acontece da Cecilia Ahern. E não!! Não é narrado através de bilhetes, cartas, etc, só e somente comparei os dois livros na parte da passagem do tempo!

Como falei no início, um milhão de possibilidades passou em minha mente quando li: "Richard, nós tivemos um bebê", e mesmo demorando um pouquinho para a história emendar no momento em que Hanna disse isso, eu pude saborear uma leitura envolvente e completamente apaixonante do começo ao fim. Um pouco frustrante, às vezes, mas fazer o quê? Os personagens quanto mais reais melhores são, é o que sempre ouço. De todo modo, até em meio a frustração que a autora causa no leitor, esse ainda se sente incrivelmente levado página após página para saber o desfecho dessa história. 

Eu achei os personagens bem trabalhos. Bem fieis às suas características ao longo do tempo. Bem bonitos também, em um sentido para além da estética. Na verdade, o livro todo é bonito. Essa história sim é uma história de amor que me emocionou, entrou no meu coração. É basicamente a história que eu esperei encontrar em Aconteceu em Paris (e não chegou nem perto!). Me sinto bem sortuda por tê-los conhecidos. Hanna e Richard são o espelho de como ser companheiros apesar dos problemas, de como evitar que as emoções falem mais alto, e sobretudo, de como se entregar ao momento. Estou completamente apaixonada pela amizade e pelo amor deles.



Ele estava sentado perto dela, e não era natural que ela ficasse tão rígida. Como se ainda estivessem juntos, o corpo de Hanna queria se inclinar para a direita, pôr a cabeça no ombro dele e segurar sua mão. A coxa de Richard estava a alguns centímetros da perna dela, e de vez em quando ela olhava a mão apoiada ali, desejando que se movesse para tocá-la. Será que ele sentia aquela atração tanto quanto ela? Hanna queria se bater por pensar aquilo. Ele estava noivo de outra pessoa, então ele não era mais dela.
(pág. 163)


A leitura é bem tranquila e rica. Ha momentos bem fortes e também ha momentos de erotismo (que são para lá de especiais, e fazem nosso coração pulsar forte e comprimir o estômago). A autora escreve muito bem, e a tradutora também não deixou nada a desejar, no meu pouco entendimento, o livro é PERFEITO para quem busca uma história de amor de um livro só! Não vale compará-lo com as trilogias ou série, mas ele é perfeito em sua singularidade, pois mesmo tendo apenas 312 páginas, no meu coração esta história atingiu além das minhas expectativas.

Então eu mais que recomendo o livro da Carrie, e sinceramente quero ler mais obras dela. Sempre Foi Você é maravilhoso e me emocionou demais como a forma com que o amor foi trabalhado. E sobretudo o final, acho que foi um dos melhores que já li. Fiquei completamente satisfeita, e como Richard não me arrependo nem dos momentos ruins.

Com carinho,

Natasha.

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