Caros(as) leitores e leitoras,
A resenha de hoje é sobre um livro do momento: Simplesmente
Acontece, da autora irlandesa que publica livros marcantes, como o
conhecidíssimo PS Eu Te Amo, desde os 21 anos: Cecelia Ahern. Para quem não
sabe, essa obra foi adaptada para as telonas recentemente, e o livro foi
relançado com a capa do filme, que, no meu caso, é a edição que eu tenho,
publicada pela Editora Novo Conceito, em 2014, em tamanho 16x23, com uma capa
maravilhosa, e o papel que eu amo!
O livro vem com 446 páginas e conta a história de Rosie Dunne
e Alex Stwert. É ambientado na Irlanda, em Dublin, e eu não sei se é
coincidência, mas PS Eu Te Amo também era na Irlanda, então, acredito que a
autora estar explorando bem a sua terra natal. De todo modo, a autora já
publicou vários outros livros, entre eles destaco: A Vez da Minha Vida e O Livro
do Amanhã. Que estão na minha estante aguardando para serem lidos! ;)
Sinopse:
O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para
outra simplesmente não conseguem ficar juntas?
Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal.
Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram
na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos.
Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos
anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a
distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de
se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira
tão simples.
Rosie e Alex se conhecem desde criança, e juntos, pintaram o
sete, desenharam o oito e coloriram o nove! Até que Alex teve que ir embora com
os pais para Boston. E é nesse momento que a história realmente começa. Alex e
Rosie são grandes amigos, mas todos que conviviam com os dois, sempre esperaram
que eles se apaixonassem, namorassem, ou algo assim. Até que eles se distanciam
quando Alex vai embora, e mantem a amizade através de troca diária de e-mail,
mensagem, e etc. Mas, vida que segue...
Um ano depois de sua partida, chega o momento em que Alex
deveria retornar para a festa de formatura de sua turma de Ensino Médio em
Dublin. Ele seria o par de Rosie, mas, vários acontecimentos o impede de estar
presente, e Rosie decide ir com Brian (Chorão) um colega da mesma turma. O que
ela não contava, era que, por um impulso, ela faria algo que comprometeria todo
o seu futuro estudantil, profissional, pessoal, emocional, tudo! Ela havia
passado em uma grande universidade para estudar Hotelaria, que era seu grande
sonho, enquanto Alex já estava matriculado para cursar Medicina. Eles se
reencontrariam, e tudo seria como antes. Até que Rosie descobrir que está grávida de Brian (Chorão). Isso não é spoiler, acontece no comecinho do livro!
Os anos passam, mas os dois continuam a ser fieis um ao
outro, como grandes amigos, é claro. Rosie convida Alex para ser padrinho de
sua filha Katie, e Alex convida Rosie para ser sua madrinha de casamento. Até
que nesse momento, Rosie se dá conta, de que o que sente por Alex há muito
tempo deixou de ser amor de amigo. E Alex sente o mesmo... na véspera do seu
casamento...
Bom queridos(as), é importante que vocês saibam que a obra não é narrada de forma convencional. Ela é completamente narrada através de bilhetes, e-mails, cartões, SMS, cartas... E eu não sabia disso até começar a leitura. (Por que eu nunca leio as sinopses dos livros!) E, confesso, foi um desafio e tanto! É uma narrativa muito complicada, e sempre no passado, por exemplo:
"Fulano, adorei que você esteve aqui e fomos ao zoológico.
Ainda lembro da sua cara quando a zebra deu uma lambida na sua bochecha e você
foi levantar a mão para limpar e derramou café quente no seu casaco novo..." (isto é um exemplo e não tem absolutamente
nada do livro)
Entendeu como é estranho? Não seria tão difícil se fosse
algumas vezes, mas foi em mais de 440 páginas, queridos(as). O texto inteiro é assim!
Mas, consegui vencer essa dificuldade e me dediquei a uma das
histórias mais longas que já tinha lido. Longas, não pelo número de páginas,
mas sim, pelo tempo decorrido desde o começo do primeiro capítulo. Não posso
dizer o quanto, mas, posso dizer que foram muitos e muitos, e muitos anos. Nada
comparado ao que estou habituada a ler. E isso é a segunda dificuldade que
posso apontar nesse livro. Dificuldade, por que, em um e-mail você está em um
determinado ano, de repente, chega um cartão postal do ano seguinte. E isso, na
minha concepção, apesar dos milhões de acontecimentos, deixou a história meio
vaga, apesar também do esforço da autora, mas não vaga o suficiente para deixar
desinteressante, ta?! O livro é bom sim!
Alex e Rosie, apesar de terem grande sintonia, na história
eles abriram mão de muita coisa. Um pelo o outro. Eles conversavam sobre tudo,
até sobre coisas banais, mas não atentaram para o que mais importava. Porque
um achava que o outro estava feliz ou conformado com sua vida... Tudo aconteceu
com aqueles dois, e eu fiquei bem desesperada com o rumo da história quando
estava se aproximando das últimas páginas.
A autora criou uma personagem em que muitas mulheres se
espalhariam fácil. Rosie, é uma mulher cheia de incertezas e que foi capaz de
muitas coisas, entre elas deixar de ser feliz, por causa de Katie. Ela levanta
muitos questionamentos, e se você não está com sua vida às mil maravilhas, com
certeza vai se identificar, se frustrar e passar pela mesma onda de emoções que
Rosie passou nessas 446 páginas. Acredite, isso é fácil demais! E o difícil é
desprender-se da personagem... Mas, tenho que dizer que odiei Rosie Dunne
algumas vezes, assim como, compreendi sua postura em seguida.
Alex, foi meio bundão algumas vezes. Eu esperava que ele
fosse aquele homem decidido que diz: você é minha e o resto é que se exploda!
Mas não. Ele também me deu raiva muitas vezes...
A obra também desenvolve a história de personagens
secundárias, como os irmãos de Rosie, e em um determinado momento dos pais
também, de sua amiga Ruby e suas loucuras (aliás, alguns diálogos entre as duas
foram bem dispensáveis... Sorry Cecelia), e é claro, uma pincelada dos filhos
de Alex, ops! Falei demais?
Me senti presa à leitura, apesar dos pontos negativos que
descrevi. É torturante não ver as coisas darem certo... Foi bem divertido em
alguns momentos. Dei boas risadas! Mas também foi real demais, não sei, às
vezes gosto de ler sobre coisas boas e sobre problemas que se resolvem fácil e
não sobre dor, perda, desesperança... Sem contar que o final não foi bem o que
eu esperava, foi muito breve, e eu quis mais, muito mais!
Se você é do tipo que gosta de sofrer com uma leitura ou que
tem a vida boa demais para se envolver com algum personagem, ou seja, se você é
forte o suficiente para dizer para si mesmo que: “não é real, é só um livro” ou
“não sou eu é só um personagem”, então, pode ler esse livro à vontade. Mas se
você não quer ler, agora você pode assistir! E se for diferente do que eu
relatei para vocês, sorry, eu não assisti ao filme! ;)
Com carinho,
Natasha.
Quero ler este livro!!!!!
ResponderExcluirVocê viu o filme, amiga? ;)
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