domingo, 21 de dezembro de 2014

Alta Tensão - Harlan Coben

Queridos(as) leitores e leitoras,

Primeiramente peço-lhes desculpas por ter passado um tempo off no blog. As razões são indiscutíveis, mas mesmo assim sinto a necessidade de pedir-lhes compreensão diante da minha ausência, especialmente agora, quando reúno força e determinação para voltar para este local que tanto preso e para vocês, que, continuaram acessando o blog e lendo as postagens (apesar de/mesmo que) antigas. Muitos obrigada queridos(as)!

Bom, hoje trago para vocês a resenha de Alta Tensão, de Harlan Coben. Não sei se vocês sabem, ou tiveram a oportunidade de ir, mas ele esteve na Bienal do Livro este ano. Ministrou uma palestra e depois se dispôs ao momento de autógrafos. Sua apresentação foi no dia 23 de agosto pela manhã, e sua palestra tinha o objetivo de discutir sobre o sucesso dos livros de suspense e romance policial, uma vez que ele é um dos autores mais conhecidos desse gênero.





Harlan nasceu em Newark, Nova Jersey, onde mora atualmente com sua esposa Anne e seus quatro filhos. Seus livros já foram traduzidos para 40 idiomas, e ele simplesmente ganhou o prêmio “trinca de ases da literatura policial americana”: o Anthony, o Shamus e o Edgar Allan Poe, e veja só, todos por livros da série Myron Bolitar, que é a personagem principal do livro desta resenha! Além desta, outras obras dele foram lançadas aqui no Brasil pela Editora Arqueiro e pela Editora Arx. No entanto, este é o segundo livro que leio dele, o primeiro foi a obra brilhante e quiçá imbatível: Não conte a ninguém, que assim como Alta Tensão foi publicada pela Arqueiro.

                                                                      Harlan Coben

Voltando ao livro... Alta Tensão, lançado em 2011, é um romance policial de 271 páginas, transformadas em um livro lindo de uma capa, eu diria encantadoramente instigante (i love NYC), onde o Empire State Building aparece sendo atingido por um raio de Alta Tensão. E este é o último livro da série Myron Bolitar – até agora, onde é antecedido por: Quebra de Confiança (1995), Jogada Mortal (1996), Sem Deixar Rastros (1996), O preço da Vitória (1997), Um passo em Falso (1998), The Final Detail, Darkest Fear (que não foram publicados no Brasil), A Promessa (2006), e Quando ela se foi (2009). Uma série bem longa merecia uma personagem como Myron Bolitar.

Resumo do livro:

Um dos autores mais lidos no mundo, Harlan Coben traz uma nova história com seu personagem mais premiado. Myron Bolitar ficará frente a frente com um passado de mentiras e traição. Uma mensagem anônima deixada no Facebook da ex-estrela do tênis Suzze T põe em dúvida a paternidade de seu filho. Grávida de oito meses, ela pede a ajuda de seu agente e amigo Myron Bolitar para descobrir o responsável por essa intriga e trazer de volta seu marido, o astro do rock Lex Ryder, que saiu de casa depois de ler o texto. Descobrir o paradeiro de Lex não é tarefa difícil para um ex-agente do FBI. Mas, na mesma boate onde o encontra, Myron é surpreendido ao ver Kitty, a mulher que fugiu com seu irmão, Brad, e o afastou para sempre da família. Tentando ajudar a amiga e reencontrar o irmão mais novo, Myron se vê preso numa rede de segredos obscuros que põe em risco as pessoas que ele mais ama. Agora, só a verdade poderá salvá-las. Mas, para que ela prevaleça, nenhuma mentira pode restar – seja ela de Suzze, Lex, Kitty ou do próprio Myron. Nesta premiada história, Harlan Coben mais uma vez consegue construir uma trama envolvente, que fala de fama, ganância e rivalidade e surpreende por seu toque humano. Na aventura mais difícil de Myron Bolitar, seu passado vem à tona e, junto com ele, feridas que jamais se fecharão.

Bom, no mínimo instigante, não é, leitores e leitoras? Li esta obra motivada constantemente pela trama de suspense que o “mestre das noites em claro” sabe criar muito bem! Os mistérios que envolvem o assassinato de uma das personagens (sim, no meio da trama...), a história do cantor supostamente refugiado em uma ilha acusado de ter matado uma fã ha muitos anos atrás, o desaparecimento do irmão de Myron, Brad Bolitar, e o reaparecimento da sua cunhada Kitty Bolitar, que era tenista e melhor amiga de Suzze, trazendo à tona todo o problema da briga entre os irmãos Bolitar, fazem aquela bagunça na estória! Quando pensamos que as coisas estão prestes a se resolver tudo bagunça novamente, e, sinceramente, tem como parar de ler? Não, né!

Quem gosta de romance policial, certamente irá gostar dos livros da série Myron Bolitar, embora eu só tenha lido um (por enquanto) e embora tenha sido o último (até agora), gostei do desenrolar da trama, só achei o fim meio suspenso... Não sei, talvez tenha continuação. Espero que tenha! De qualquer forma, o livro tem tantas informações que se torna complicado começar a falar sobre ele. Mas, o importante para quem pretende ler este livro é saber que: Myron é um homem/herói, ele sempre procura resolver o problema dos seus amigos, ou de quem quer que precise de ajuda. Obviamente quando ele se depara com um post falso acrescido de uma imagem enigmática prejudicando o casamento de uma grande amiga, a qual lhe pede ajuda, ele procura ajuda-la de todas as formas. Juntamente com seus amigos: Win, Esperanza e Big Cindy, Myron entra em uma trilha de ida sem volta, onde muitos segredos cairão por terra.

Em alguns pesquisas descobri que existe a Série Mickey Bolitar, que é o sobrinho de Myron, filho de Kitty e Brad. Talvez ela traga mais alguma informação sobre o desfecho das estórias de Myron em Alta Tensão, uma vez que os livros são subsequentes lançados em 2011, 2012 e 2014: Refúgio, Uma questão de Segundos e Found (que ainda não foi publicado no nosso país). E para quem se interessou, mas quer uma pitadinha do livro Clique Aqui e abra o arquivo que a Arqueiro disponibilizou com os primeiros capítulos do livro.

Bom queridos(as) espero que tenham gostado e me desculpado :).

Com carinho,

Natasha.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Decisão Certa - Allane Mágilla

Queridos(as) leitores e leitoras,

Conclui a leitura de A Decisão Certa, da minha amiga Allane Mágilla que falei para vocês outro dia, lembram? Então, hoje vou dizer o que achei sobre esse “achado” de 533 páginas:




Primeiro de tudo, para que não lembra ou não leu o artigo “O livro que estou lendo”, a obra está disponível na loja da Amazon.com.br Clique Aqui, e pode ser adquirido por um precinho show, somente 6,99! Você entra lá, baixa o aplicativo no pc, celular ou tablet, ou ler online, o que preferir, lembrando que, se você tiver o aplicativo no seu aparelho, e sincronizar conectado à internet, poderá abrir quantas vezes quiser, sem precisar do acesso à internet! Ah, e mais um detalhe: o livro é um romance adulto, ou seja, não é recomendado para menores de 18 anos, por conter “cenas” de sexo.

Primeira impressão que tive da estética do livro: adorei a capa, amei, achei super romântica e delicada, e diz muito sobre o que esperar da história. Já a configuração do livro, isso é culpa dos leitores da Amazon e não da autora, se alteram, dependendo de como você coloca a rotação da tela, por exemplo, pode haver algumas quebra de páginas erradas se você posicionar a rotação do seu aparelho na horizontal ou na vertical. Mas, não é nada que se coloque em cheque a compreensão da história, é somente um fato que não dá para deixar de observar.

Não peguei a sinopse do livro na página de apresentação na Amazon, por que achei que não expõe muito o livro. Ele merece mais, dado sua belíssima história, então, vou tentar “sinopsar” (gostaram da palavra?) o livro dela.

Uma aluna dedicada e o professor mais lindo e sexy que uma pessoa poderia ter. Karen Lopez é uma garota determinada que escolhe romper as barreiras da sua cidade e respirar novos ares mudando de escola no último ano do Ensino Médio. Guilherme Prado Reis, rico e sonhador, abandonou tudo para ir para o interior do Estado do Ceará, ser professor em uma escola estadual. O que eles não sabiam é que seriam protagonistas de uma história provocante, onde professor e aluna se apaixonariam desde que seus olhares se encontraram a primeira vez, e que despertariam sentimentos e emoções, até então desconhecidos pelos dois. Mais que uma aula de biologia, essa história pretende levar você a compreender que, quando o amor bate a porta, se não abri-la, ele com certeza pulará a sua janela.

E ai, gostaram da minha sinopse? Vamos à resenha então...

Karen tem 17 anos, mora em Jucás e passará a estudar em Iguatu, na mesma escola onde a mãe é professora. No primeiro dia de aula, levando em conta todas as incertezas e ansiedades que carrega qualquer garota dessa idade, ela descobre um mundo novo e cheio de cor, onde seu professor de biologia é o centro de tudo isso! É também o primeiro dia do Professor Guilherme na instituição. E por ter chegado cedo à sala, eles tem um breve encontro antes que os outros alunos cheguem à escola, e só isso basta, para que sonhos e imagens repletas de desejo preencham suas mentes e os desliguem do mundo.

Todas as aulas de biologia passam a ser um tormento para os dois. Professor e aluna fazem o possível para não se tocarem, não se olharem e para não pensarem um no outro. O que é, tecnicamente impossível, principalmente depois de um segundo encontro dos dois, na sala de aula, antes dos outros alunos chegarem, e que definitivamente a “missão” de não se aproximarem vai pelos ares e declina, como o voo de um aviãozinho de papel. E sabe o que é? Eu não posso dizer né?! Você precisa ler o livro para saber! Haha!

Fui super envolvida por esses dois. Simplesmente não conseguia parar de ler, a ponto de ler até com dor de cabeça, veja só!

De um modo geral, a história fala sobre amizade, amor, dedicação, abnegação, entrega, e mostra, sobretudo, como o amor deve ser luz quando tudo parecer escuridão. Karen é uma garota como muitas, mas, sabe o que quer e luta com muita coragem e determinação para defender o amor que surge em cada célula do seu corpo! Mas, ha momentos que parece que o mundo inteiro quer vê-los separados, nos fazendo sentir todas as sensações de quem está na fossa!

O livro também mostra como a amizade entre Karen e Emile surgiu e se fortaleceu desde o primeiro dia de aula. Elas se tornam irmãs, cúmplices e cunhadas (Ops! Falei demais). Pois é, além da história de Karen e Guilherme, surge o envolvimento de Emile e Carlos, que é igualmente lindo, e que irá surpreender a muitos(as) leitores(as), pois quando eles poderiam fazer o que todos estavam fazendo, simplesmente optaram por serem diferentes, e fazer a “coisa certa”. O que é, também não posso dizer e estragar o suspense. =)

Vários personagens surgem no enredo. Cada um com sua história de vida. E a história passa a ser narrada não só pelo professor e sua aluna, mas entram na narrativa: a mãe de Karen, a Emile, e ainda é feita algumas narrativas em terceira pessoa. Só tenho uma observação a fazer a respeito disso, a certos momentos, que o leitor desavisado, pode confundir-se um pouco e não saber quem está narrando a história, por que não há nenhuma distinção entre as falas – além das quebras de páginas e início de parágrafo – mas, se ler um pouco mais logo descobrirá de quem se trata.

De um modo geral me surpreendi com a obra. Pensem comigo: um autor quando é publicado por grandes editoras, sempre tem uma equipe enorme por trás dele, corrigindo todos os erros, revisando o material um zilhão de vezes, sugerindo coisas, excluindo coisas, dizendo o que está bom e o que não está, até para fazer pesquisas adicionais, tem profissional amparando o autor. E esse livro foi publicando sem essa equipe! Gente, vocês não fazem ideia de o quanto é difícil escrever um livro até dizer que este está completo e pronto para ser publicado. Allane foi na garra, recebeu ajuda de pessoas de certa forma leigas – considerando as atribuições e titulações de toda equipe que ampara os autores nas grandes editoras – mas, pessoas que a ajudaram em seu sonho, e ela buscou isso, e foi muito feliz! A história é linda e merece a nossa atenção. Esse foi o primeiro livro que li dela, e pretendo ler muito mais, por que ela tem muito talento.

“- Ai, desculpe, professor! Estava distraída e não notei que tinha se virado. Abaixamo-nos ao mesmo tempo para pegar as folhas. – Você vive se desculpando? – perguntou com o seu rosto rente ao meu. Seu hálito com cheiro de creme dental chegou até mim, perturbando um pouco o juízo que ainda me restava. – Essa é a segunda vez que nos falamos e a terceira que me pede desculpas... Você é sempre tão distraída, Karen? Olhei em seus olhos e engoli seco. – Só quando estou perto de você – o quê? Não acredito que falei aquilo em voz alta! Com muita dificuldade, e morta de vergonha, consegui desviar meu olhar do dele. Senti que estava da cor do batom que a Emile usava: vermelho sangue. – Falei isso em voz alta? – Sim, você falou...”

Bom, espero que tenha gostado. Não falei muito sobre o livro, por que vocês sabem: não faço resumo, nem tão pouco conto o final do livro. Leiam! A leitura nos enriquece!

Com carinho,

Natasha.

Extraordinário - RJ Palacio

Caros(as) leitores e leitoras,

Sabe quando “o diferente” nos surpreende e nós temos que decidir como agir a partir daquele momento? Pois é, queridos(as), é essa a proposta da autora R. J. Palacio. Em seu primeiro livro, a nova-iorquina pretende fazer um alerta sobre vários conceitos a atitudes que giram em torno do terrível mundo do bullying. Extraordinário, sem sombra de dúvidas é um livro emocionante e extraordinário!



O título original da obra é Wonder, e foi publicado no Brasil pela Editora Intrínseca em 2013. O livro vem com 320 páginas e foi impresso no tamanho 16x23, e em papel Pólen Soft (o queridinho!).

Fiquei curiosa pelo livro desde a primeira vez que vi a capa. Sabe aquela história de: não julgue o livro pela capa? Pois é, infelizmente eu ainda sou atraída pelos nomes marcantes e as capas intrigantes. No caso de Extraordinário, eu simplesmente me recusei a ler a sinopse e qualquer comentário que falasse sobre o livro, o escolhi como algo que seria uma incógnita na minha estante. Ainda bem que ele foi o que eu esperava e em alguns momentos mais que isso!

O livro é narrado por: August Pullman (personagem principal), pela Olivia Pullman (irmã de August), por Summer e Jack Will (amigos de August), Justin e Miranda (namorado e melhor amiga de Olivia). O que mais me impressionou na narrativa, é que, cada personagem, ganha corpo e uma história intrigante e comovente a seu modo, e quando nós comparamos com a vida de Auggie (August) é surpreendente como percebemos que, apesar de tudo, ele é um sortudo! Mas, vamos do começo...

Auggie nasceu com o resultado de uma alteração cromossômica raríssima presente em todo o rosto. Seus pais tinham o mesmo gene, que por algum motivo cientificamente não descoberto, eles passaram por uma mutação e fizeram deformidades no rosto de Auggie, mesmo sua irmã mais velha não tendo nascido com nenhum tipo de evidência dos genes dos pais. August nasceu sem orelhas, com lábio leporino, com os olhos na altura das bochechas, e sem essas últimas, isso o que eu consegui identificar na descrição dos personagens! Ele passou por inúmeras cirurgias para tentar amenizar e corrigir os defeitos na face, no entanto, ele ainda era a criança que assustava as outras crianças no parquinho... A história desse maravilhoso livro começa quando Auggie decide, com 10 anos, ir à escola, pela primeira vez!

Não há nenhuma possibilidade que eu consiga descrever essa história sem me aprofundar ou fazer um relato longo e exaustivo. Mas, caro(a), você precisa compreender que no universo de Auggie, que, mesmo sendo um garoto absolutamente normal, as pessoas ao seu redor não o deixavam se sentir assim, até mesmo sua família, que sempre viviam em torno dele, o apoiando em tudo, dando o amor que qualquer criança deveria ter. Ele não se aceitava, por que não era aceito! Em uma conversa entre a Miranda e o Justin, em que ela diz que o Auggie achou uma espécie de bilhete premiado do universo, mas um bilhete ruim, por ter nascido daquele jeito. No entanto, Justin analisa essa afirmação e percebe que está completamente errada! Miranda viu seu pai trair sua mãe e depois se separar, sua mãe dá atenção a qualquer pessoa, menos a própria filha, por isso, Miranda teve que mentir para os outros para ser aceita! Já Justin não recebe nenhum tipo de atenção dos pais, e quando começa a namorar a Via (Olivia irmã de August) simplesmente se apaixona pela família dela, por que todos são amorosos e carinhos entre si, daí ele pensa: Não! Auggie ganhou na loteria! Apesar de tudo, ele tem pais que o ama e fazem tudo por ele, e uma irmã que brigaria com o mundo para defendê-lo, além de amigos verdadeiros, que o consideram como irmão... Pois é, meus queridos, existem muitos Auggie sendo julgados e afrontados por ai... E bem perto de nós!

A história mostra os altos e baixos que passa uma criança diferente no meio das crianças que são consideradas normais. O quanto isso pode ser ruim, Auggie sabe, mas o que ele não sabia, é que encontraria amigos verdadeiros que fariam qualquer coisa para estar ao seu lado, enquanto qualquer outra criança jamais ficaria, por medo, pena, ojeriza ou qualquer coisa.

August Pullman trás grandes lições para os alunos, para os professores e para o diretor da escola, que se coloca inteiramente ao seu lado, quando inicia-se um motim entre os pais dos alunos, que querem tirar o August da escola a todo custo, só por que nosso personagem é visualmente diferente dos outros.

O desenrolar da história é magnifico, surpreendente e emocionante. O apelo à gentileza é feito em cada linha, sobretudo gentileza com o diferente! Mesmo sem que Auggie perceba, o cenário muda a seu favor, e logo ele começa a se sentir uma criança igual às outras. O que é incrível para ele e para todos ao seu redor...

Como você deve ter percebido, não acrescentei o resumo desse livro, por que quero muito que você desperte interesse pela leitura dessa obra especial... Quero muito que um dia você leia esse livro e se encante com o menino Extraordinário. Assim como eu!

O único fato “diferente” do livro, é que o marco cronológico que a autora fez não é tão claro. Diversas vezes eu me confundi e simplesmente desisti de acompanhar a cronologia da história, o que eu acho super necessário em um livro! Quando pensei que já estava no ano seguinte, ainda estava no atual, então, realmente me perdi completamente, talvez por conta das mudanças de narrativa, que às vezes descreviam fatos que já haviam sido descritos pelo Auggie. De qualquer forma, essa é uma leitura incrível!

O diferente pode ser extraordinário, basta que nós possamos nos permitir conhecer antes de criticar ou fechar os olhos. Essa obra é de uma grandeza inexplicável e deixa em nossos corações o enorme desejo de ser gentil!

“Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns aonde quer que elas vão. Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e pudesse fazer um desejo, pediria para ter um rosto comum, em que ninguém nunca prestasse atenção. Pediria para poder andar na rua sem que as pessoas me vissem e depois fingissem olhar para o outro lado. Sabe o que eu acho? A única razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma.”
(Primeira página!)

Chegou a hora de deixarmos de ser sinceros demais, e expor nossas agulhas de pontas afiadas para todo lado, ferindo a todos sem distinção. Não por que um dia podemos ser feridos. Não! Mas sim por que o diferente merece o nosso abraço, o nosso apoio, ou simplesmente um sorriso gentil! Deixar o preconceito de lado, é o preceito para sermos felizes em qualquer lugar do mundo! =)

Com amor,

Natasha.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O livro que estou lendo...

Queridos(as) leitores e leitoras,

Sabe aquela história de que o mundo dá voltas? Gente dá voltas demais! Imaginem vocês que uma amiga minha que eu não vejo a quase 10 anos, me procurou no face para falar do Blog, que outra amiga nossa tinha falado para ela e tal... Conversa vai conversa vem ela me disse que tinha escrito um livro! Obviamente, corri pra comprar e é sobre ele que vou falar para vocês. O nome dela é Allane Mágilla, e escreveu um romance chamado: A Decisão Certa, que foi auto publicado através da Amazon. 



É um livro digital e para ser lido vocês podem baixar o aplicativo de leitura Kindle para o seu celular, tablet ou notebook. Mas também, quem não quer baixar o aplicativo pode ler online (acabei de descobrir isso!). Quando você efetua a compra de um livro na Amazon, eles oferecem a opção de começar a ler o livro imediatamente, é só clicar em uma opção que surge na página de agradecimento no final da compra. É só clicar e o livro abre facinho, facinho! 

Eu já comprei o meu A Decisão Certa e confesso que só li os três primeiros parágrafos e já adorei. Como estou com a leitura de Extraordinário quase na metade, não posso parar para começar o livro de Allane, mas queridos(as) vou correr com a leitura e em breve postarei uma resenha dele aqui, por que fiquei muito curiosa!

O livro está com um precinho excelente, ele custa apenas 6,99! Quem se interessar pode Clicar Aqui e conhecer o livro de Allane que tem mais de 500 páginas e gente, nós precisamos valorizar os nossos autores nacionais, não é só porque é internacional que é bom, "Nossa terra tem palmeiras onde canta o sabiá" e nós temos que reconhecer que criatividade e paixão não faltam ao povo brasileiro, então conheçam o romance de A Decisão Certa!

Já li alguns comentários que disseram que o livro é envolvente e verdadeiro, é isso que vou testar e dizer para vocês leitores e leitoras, acrescento que, ela trouxe tanta novidade que vai me ajudar com o meu livro, e com o blog, já que ela tem uma lista com vários títulos de romancistas brasileiras que não são conhecidas e que se auto publicaram pela Amazon, ou seja, o Blog vai bombar de nacionais! Estou esperando viu Allane?!

Com carinho - e alegria,
Natasha.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Diferenças entre livros eletrônicos e livros impressos!

Queridos(as) leitores e leitoras,

Vi esse estudo publicado pela Folha de São Paulo em seu site Clique Aqui e achei super interessante, pois particularmente vejo outras inúmeras diferenças entre lê livros digitais e livros impressos, mesmo tendo lido o mesmo livro nas duas modalidades!

O primeiro dado mostrado pela pesquisa é de que menos de 5% dos livros comercializados no Brasil, são livros digitais. Nos Estados Unidos esta marca já chega a 25%.

A pesquisa aponta que:


E ainda, no mesmo estudo...


Você já parou para pensar sobre isso? Já testou a leitura nas duas modalidades? 

Ha pessoas que preferem e-books, por vários motivos que envolvem praticidade; economia de espaço e economia de dinheiro já que os e-books TENDEM a ser mais baratos do que os livros impressos, além de existirem os livros com download gratuito; a entrega do livro é imediata quando se adquire um livro digital; a preservação das florestas; as vantagens de adaptação e formatação do tamanho da letra, por exemplo, para aquelas pessoas que tem problema de vista ou de concentração; algumas vantagens táteis, já que o leitor digital ou o celular com um aplicativo de leitor de e-book, não pesa tanto, nem suja, amassa ou desmarca a página! E além da privacidade de ninguém saber qual livro você está lendo, quando você estiver em um terminal, transporte público, ou consultório médico. Caso é claro, você ache incômodo que as pessoas saibam qual o livro você está lendo!

Uma observação importante: já vi uma grande parte dos livros impressos serem lançados no Brasil já acompanhados das suas versões digitais. As editoras estão trabalhando para atender aos dois públicos. Porém a livros que não tem edição digital, e vice-e-versa! 

Já o livro impresso não requer baterias para você desenvolver sua leitura! Não cansa a vista pelo contato por muito tempo com a tela de Cristal Líquido. O leitor consegue manter o foco no livro impresso mais que no livro digital que está no celular, por exemplo, que sempre há um Facebook aberto, mensagens chegando, ligações... No livro impresso é só o leitor, o livro e o mundo literário (apesar das interrupções de ALGUMAS pessoas que acham que não é importante ler, e sim conversar sobre rebiboca da parafuseta!). O livro impresso pode ser colecionável... Sabe aquela biblioteca repleta de livros? Huuum... O livro impresso tem cheiro! Cheiro de imaginação, cheiro de sonhos, cheiro de esquecer os problemas e deixar de ser um para ser vários... Cheiro de amor, de terror, de ação, de tristeza, enfim, cheiro de livro! E, sobretudo, o livro impresso exibe a marca do seu leitor ou dos seus leitores. Os meus, tem uma marca própria, sempre destaco uma coisinha e outra, e isso não necessariamente quer dizer que eu não respeitei o livro! Pelo contrário, amo-os tanto, que sinto necessidade de ler e reler várias vezes! Livro intacto é livro que não cumpriu o seu papel de ser lido! Prefiro que os meus fiquem cheios de orelhas, marca de lágrimas e até de canetas, mas lidos, compreendidos e amados!

Minha experiência na área: já comprei um livro digital, por não suportar o tempo de espera para a chegada do livro impresso! Mas, faz parte da minha lista comprar este mesmo livro na versão impressa, pois se não estiver na prateleira, é como se eu não tivesse lido! Sem contar que é mais fácil, para mim, pegar um livro na prateleira do que desenvolver todo um processo até conseguir acessar um livro na plataforma virtual de leitor de e-book.

Desculpem se este post está parecendo MEIO tendencioso, mas não adianta eu expor os prós e contra sem dizer qual é o melhor para mim. Então, caso não tenha ficado claro, prefiro livros impressos. Mas, tenho um leitor de e-book no meu notebook repleto de títulos interessantes para ler, e que já li! E voltarei a ler através desse meio sempre que necessário, pois a ideia do e-book representa evolução e eu não posso ficar parada enquanto o mundo passa por mim!

Mas e vocês já entraram na onda da tecnologia dos livros digitais? O que vocês preferem leitores e leitoras?

Com carinho,

Natasha.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Obstinada - Sylvia Day

Estimados(as) leitores e leitoras,

Hoje vou resenhar o livro Obstinada da Sylvia Day. Já leram algum romance dela? Bom, para aqueles que não conhecem a Sylvia Day, ela é autora de romances eróticos (New Adult), os meus preferidos dela e os primeiros desse gênero que li são os três primeiros da Série Crossfire, que eu ainda não falei deles para vocês, mas os trarei em breve! Voltando para a autora, muitos dos seus livros já aparecem na lista dos mais vendidos do New York Times, e quanto mais o tempo passa, mais editoras vão traduzindo e trazendo novos títulos da autora para publicar no Brasil. O que é bom demais! Quem conhece alguns de seus livros, sabe do que estou falando!




Sylvia Day nasceu em Los Angeles, tem dois filhos e uma lista grande de livros escritos e publicados. Seus livros já foram levados a mais de 40 países, e ela já foi premiada como melhor autora pelo Goodreads Choise Award, e sua obra foi considerada a melhor, em 2012, na categoria romance pela Amazon. Em uma entrevista, em 2013, para a revista Época, ela afirmou que "Você precisa estar intimamente familiarizado com desejo, amor, brigas para fazer justiça a essas emoções com as palavras". E eu penso que ela faz isso muito bem!

Ah! mais um detalhe, como o livro é New Adult, é indicado para maiores de 18 anos! É sempre bom lembrar disso =)



O livro Obstinada, cujo título original é Ask For It, foi publicado no Brasil pela Editora Universo dos Livros este ano. A história é desenvolvida em 295 páginas, o livro é do tamanho 16x23, impresso no maravilhoso papel que não reflete luz! Bom, gostei muito da capa, ela é fosca e contém certa provocação e sensualidade que são marcas da própria autora, se não fosse assim não seria erótico! E também gostei muito da tradução, acredito que foi fidedigna!

Obstinada é um romance histórico e é o primeiro livro da série Georgian, que se completa com os livros Incontrolável, Desejada e Intenso. Apesar de ser uma série, os livros são de histórias independentes. O que para mim ainda não faz sentindo é o porquê de serem considerados uma série, mas vamos seguir... Li Intenso primeiro do que Obstinada, até por que Intenso é da Editora Hamelin e foi lançado primeiro que Obstinada e os demais, que são da Universo dos Livros.

Eu já havia postado a sinopse desse livro, mas para quem não viu Clique Aqui 

A história de Obstinada envolve uma viúva chamada Elizabeth (Lady Hawthorne) e Marcus Ashford (Conde de Westfield). Quando seu esposo faleceu, Elizabeth recebeu um estranho diário. Este diário fora escrito pelo próprio marido, mas ela não fazia ideia de quem o havia mandado, nem porque havia sido enviado a ela. Como o seu falecido marido trabalhava em uma agência que seria à Coroa, ela não hesitou em procurá-los para informar a existência desse diário.

Como o diário era algo secreto e trazia inscrições que ninguém conseguia decifrar, e Lady Hawthorne estava correndo perigo de vida, já que muitas pessoas queria colocar as mãos nesse diário, Marcus se ofereceu para fazer a segurança de Elizabeth e para estudar o diário de Hawthorne. No entanto, Marcus tinha um objetivo além de protegê-la, ele queria reconquistá-la, já que Elizabeth tinha sido sua noiva quatro anos antes, e seu sentimento por ela, tinha passado de amor, ódio, obsessão, desejo, e qualquer um mais que um homem rejeitado poderia sentir.

No primeiro baile que Elizabeth frequenta após o término do luto pelo marido, ela já encontra o misterioso sedutor e seu protetor Conde de Westfield. Basta apenas os seus olhos se encontrarem aos dele, para ela perceber que seu orgulho não seria suficiente para afastar aquele homem, que era para ser o seu homem, se ela não tivesse fugido com Hawthorne na noite em que viu Marcus com uma mulher, e sumiu da vida dele sem lhe permitir dar explicações.

Querendo sua vida de volta, a vida que poderia ter tido ao lado de Elizabeth, Marcus faz de tudo para que ela  o aceitasse de volta e para tentar explicar e entender o que aconteceu na noite em que eles se separaram e nunca mais se viram até o baile do Moreland.

Elizabeth orgulhosa faz de tudo para fugir dos encantos de Marcus, que após a separação deles, tornou-se um sedutor, com fama conhecida entre muitas mulheres de Londres. O que a fazia odiá-lo ainda mais!

O romance é envolvente, e trás a tona todos os sentimentos que os dois sentiam um relação ao outro. Mas além da trama do romance, ainda existe o mistério por trás do diário de Hawthorne. E neste livro, surge ainda um dos personagens do livro Intenso: Christopher St. John, um pirata!

Gostei da história, apesar de estar meio cansada de romances históricos! Achei que o mistério do diário foi desenvolvido de uma forma interessante pela autora, e grandes surpresas surgem no decorrer da história, pois nem tudo o que parece, é!

Bom queridos(as) ainda não li a continuação da série Georgian, exceto, por Intenso! Mas se eu tiver a oportunidade de ler, com certeza publicarei a resenha deles aqui. E quem sabe talvez, consiga desvendar o mistério dos livros em série que não tem ligação entre si! =)

Com carinho,

Natasha.

Quer registrar sua obra na Biblioteca Nacional? Tire suas dúvidas aqui!

Caríssimos leitores e leitoras,

Você criou um livro, um desenho, uma letra de música, um personagem ou uma imagem e não sabe o que fazer a seguir? Bom, a forma mais segura de proteger sua obra contra plágio é registrando na Fundação Biblioteca Nacional, BN. Eu vou dar as dicas para você conhecer esse passo importantíssimo de registro, afinal, estou quase com um livro pronto para ser registrado lá!

Clique aqui e você poderá entrar na página da BN que explica todo o procedimento, mas vou trazer algumas informações resumidas, e também vou dizer a você algumas dúvidas que esclareci entrando em contato com eles através do Fale Conosco do site da Fundação, que inclusive, é muito eficiente, eles não demoram a responder os contatos, então qualquer dúvida, podem entrar em contato, que com certeza vocês receberão retorno por e-mail!

Primeiro é necessário que o autor(a), ou requerente que não precisa ser necessariamente o(a) criador(a) da obra, deve fazer o download da Ficha de Requerimento para Registro ou Averbação. Lembrando que averbação você solicita quando já tem uma obra registrada na Biblioteca Nacional e vai fazer alguma alteração, seja de conteúdo, capa, nome da obra, correção na imagem, qualquer mudança que você precisar fazer na obra JÁ REGISTRADA é através da Averbação. Para a ficha de requerimento Clique Aqui  Se você observou direitinho viu que tem muitas informações a serem preenchidas (inclusive informações que serão preenchidas pelo representante da BN), portanto, é fundamental que você revise tudo, e até peça a alguém para conferir também se não ha nenhuma lacuna sem resposta, caso haja e você envie pelos Correios, você terá que fazer todo o procedimento novamente, atrasando assim o tempo de registro da obra. Ah, uma informação importante, se você escreveu um livro, mas não irá publicar por editora, nem auto-publicar, mesmo assim você poderá registrá-lo na BN.

Para o caso de registro de letra de música e partitura, o procedimento deve ser seguido de acordo com que está descrito Aqui Como irei registrar um livro, então não consultei detalhadamente essas instruções, mas você pode consultar esse link e se continuar com dúvida é só entrar em contato com o Fale Conosco!

Observe esta tabela Clique Aqui nela contém os valores do seu requerimento. Após consultar corretamente qual valor corresponde ao serviço que você irá solicitar, observe atentamente os procedimentos para o pagamento do referido valor. Ou você irá gerar um boleto Aqui ou, caso não consiga, na mesma página você irá encontrar informações que o auxiliarão a efetuar o pagamento através de depósito no Banco do Brasil.

Para Registrar obras intelectuais devem ser entregues, NECESSARIAMENTE, os documentos abaixo relacionados: (estas informações estão contidas na mesma página da tabela de preços!)
●Requerimento de Registro e/ou Averbação preenchido e assinado nos campos que referem ao(s) requerente(s) do Registro e à Obra
●Intelectual;
●Cópia do RG e CPF/CIC (para pessoa física) e CNPJ (para pessoa jurídica) do(s) requerente (s);
●Cópia do comprovante de residência do requerente principal, de acordo com os dados informados no Requerimento;
●Comprovante original de pagamento (GRU paga);
●Cópia do CPF e RG (para pessoa física) do Representante Legal de Autor em situação de minoridade (de menor);
●Uma (1) via da obra intelectual;
●A obra intelectual deve estar numerada na(s) página(s) e toda(s) página(s) deve(m) estar rubricada(s);
●Solicitação de Registro via procurador deve estar acompanhada da Procuração original (com firma reconhecida ou cópia autenticada) 
devendo, na mesma, constar os dados: endereço completo (com CEP), CPF e/ou CNPJ do procurador, mais os dados do autor 
representado;
●Pessoa Jurídica deve apresentar cópia do Contrato/Estatuto Social, do CNPJ e da Ata de Constituição e/ou Assembléia;
●Em caso de Cessão de Direitos, deve ser apresentada e entregue uma cópia do contrato de cessão.

Parece muita coisa não é? Mas você precisa observar o que realmente é necessário para o seu caso. Pelo que eu entendi é mais fácil o próprio autor(a) ou criador(a) dar entrada nesse processo, é menos informação e documentação para enviar, mas em caso de o mesmo estar impossibilitado vale a pena estudar bem direitinho o procedimento com um procurador ou outro requerente. E sem contar que, apesar de ser um processo meio complicado, mais difícil foi você criar a sua obra, vamos combinar, né?! = )

Você poderá fazer o requerimento de três formas:
1 - Presencialmente: dirigindo-se ao Escritório de Direitos Autorais (FBN), situado à Rua da Imprensa, nº.16, 12º. Andar, Castelo, Rio de 
Janeiro, CEP: 20030-120. Horário de 10 às 16hs de 2ª a 6ª feira.
2 - Via Correio: para encaminhar seus documentos via correio, faça uso do endereço supracitado (acima). Dê preferência às modalidades de envio registradas.
3 - Via Postos Avançados: esta modalidade de encaminhamento de documentos para registro, e outros, está disponível em alguns Estados brasileiros, tais como: Amazonas, Brasília, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro (SEDE), Santa Catarina e São Paulo. Neste link você poderá consultar os endereços de cada local: Clique Aqui E se você não foi agraciado com um Posto Avançado no seu Estado, como eu, envie a documentação pelos correios neste endereço:

Rio de Janeiro - RJ (SEDE)
Escritório de Direitos Autorais
Rua da Imprensa, 16/12º andar - sala 1205
Castelo - Rio de Janeiro - 20030-120


Outra informação importante, para o registro de livro deve-se: Enviar o Requerimento de Pedido de Registro preenchido, datado e assinado, uma cópia da obra, numerada e rubricada desde a capa em todas as páginas, impressa em papel A-4, em folhas soltas, não encadernar, documentos básicos (cópia da Identidade, CPF, comprovante de residência), comprovante original de pagamento (GRU).

Depois da taxa estar paga, enviada as informações, documentação e cópia da obra, você deverá aguardar um prazo de até 90 dias, e caso não seja encontrada nenhuma irregularidade, pois eles analisam a obra que você enviou, e caso não falte nenhuma documentação, você receberá no endereço especificado no requerimento a sua Certidão de Registro, via correio com AR. Aí queridos(as) é só sorrir, por que ter uma obra registrada na Biblioteca Nacional, não é pra quem quer, é pra quem corre atrás!

Bom, uma coisa que vale comentar é sobre os preços, né?! Eu adorei saber que precisarei pagar apenas R$20,00 para registrar o meu livro! Mas achei muito caro o registro de desenho, mas acredito que os mecanismos de análise da BN sejam mais complexos para o caso de imagens, então, isso com certeza justifica o valor!

Outra questão é que, um software de registo está sendo criado, e será disponibilizado em breve, no próprio site da Biblioteca Nacional, para que o procedimento de registro e averbação seja mais simples, e tudo seja realizado dentro desse aplicativo. A previsão é de que esteja pronto para uso a partir de outubro deste ano! Assim que houver a mudança e entrar em vigor, eu atualizo o blog, e posto o novo processo de registro!

Não sei se ainda restaram dúvidas em suas mentes caros(as) leitores e leitoras, mas digo-vos que li e reli várias vezes o processo para não deixar passar nenhuma informação, e também, mais uma vez, utilizei o serviço do Fale Conosco para esclarecer as perguntas que ainda restaram, e eu sugiro que mesmo lendo este post, você revise todos os links que eu postei antes de dar entrada no requerimento! Espero que tenham gostado, qualquer dúvida, se eu puder ajudar, é só escrever nos comentários! =)

Com carinho, 

Natasha.

domingo, 14 de setembro de 2014

Esclarecimento!

Queridos(as) leitores e leitoras,


Quem acompanha o blog já percebeu, mas cabe a mim explicar alguns detalhes, quanto ao meu estilo de escrita. 

Primeiro: não faço resumo do livro, e sim resenha. Já pensou você está fissurado(a) em um livro e eu simplesmente contar o final? Não dá né?! 

Segundo: escrevo o que eu penso, e o que sinto em relação ao livro, à escrita e à história! 

Terceiro: não tenho nenhuma parceria com editoras, então, as resenhas que posto no blog são dos livros que eu compro, por isso ha a predominância de um gênero específico, no caso, o romance, mas leio também outros gêneros, e aceito indicações suas para trazer novidades para o blog. 

Gostaram daqui? Que tal curtir esta página no Facebook e me seguir no Twitter

Com carinho,

Natasha.

sábado, 13 de setembro de 2014

A Aposta - Rachel Van Dyken

Queridos(as) leitores e leitoras,

Sabe aquele livro que você não consegue desgrudar dele, e quando qualquer pessoa vem falar com você interrompendo sua leitura parece uma afronta? Pois é gente, esse livro, para mim nesse momento, é A Aposta de Rachel Van Dyken!


Rachel Van Dyken é casada e mora em Idaho. Além de A aposta, ela também escreveu Elect, The Wager, The Devil Duke Takes a Bride, Toxic, Ruin, entre outros, que até então não foram traduzidos e publicados no Brasil. Quem quiser ler esses livros poderá adquirir a versão original e testar o seu inglês! 

E ela, caros leitores e leitoras, é muito divertida, só a nota de agradecimentos que ela escreveu eu ri de montão, por que certas coisas nós não esperamos que sejam contadas de forma tão sincera em uma nota de agradecimentos! A Rachel disponibilizou o seu Twitter e seu site no livro para que os leitores possam acompanhar o seu trabalho, e, imagem só, ela pediu que os blogueiros(as) fizessem resenha do livro dela, ou boa ou ruim, apenas falassem do livro! E acreditem amados(as), esse é um livro que eu JAMAIS deixaria de fora da lista de resenhas, do blog, da estante, ou de qualquer lugar!

Rachel Van Dyken

O livro foi lançado no Brasil pela Editora Suma das Letras, em 2014. E ele conta com 285 deliciosas páginas! Sobre a estética do livro eu só tenho uma queixa bem pequena! O livro é 14x21! Quem já leu outras resenhas sabe que eu sou apaixonada por livros 16x23, e também sabe as vantagens de ler um livro 16x23! Mas ao papel é aquele tipo Pólen que não reflete a luz, então isso ajudou para que eu concluísse a minha leitura em 24 horas, considerando os meus outros afazeres domésticos, artísticos, maternais e profissionais, eu diria que bati um recorde! = ) Ah, e eu amei a capa! Reflete muito do que o livro é por dentro!

Bom, o livro é um romance super divertido! Ele não é romance erótico, mas tem lá os seus momentos calientes que são uma delícia de ler! A estória envolve dois irmãos e uma amiga de infância. Esses dois irmãos (Jake e Travis Titus) eram apaixonados por essa garota (Kacey) desde sempre, mas um sempre fazia a coisa certa para chamar a atenção dela, e o outro sempre fazia a coisa errada. Até que um dia, ainda na infância, eles discutiram e fizeram uma APOSTA. Eles apostaram que quem casasse com a Kacey ganharia Um Milhão de Dólares!

A aposta fica meio de lado, e eles se afastam por um motivo que eu não vou contar, obviamente, mas depois de anos de distância o irmão mais novo e ex-namorado, o Jake Titus, reaparece na vida de Kacey pedindo para ela fingir ser noiva dele por um fim de semana, por que a avó está muito doente e queria reencontrar a Kacey, além de ele precisar limpar a imagem de Playboy que, mesmo ele sendo o solteiro mais cobiçado e gato de Seattle, aparece constantemente nos noticiários por sair com Sripers! Kacey é tentada a aceitar por que ele se propõe a pagar os financiamentos estudantis que ela fez na faculdade. Querendo reencontrar a vovó Nadine (que vocês não imaginam quem é essa figura!) e precisando do dinheiro que ele oferece, ela, mesmo sentindo-se como uma das stripers que ele costuma sair, aceita e viaja com ele de volta a Portland para passar o fim de semana que irá mudar completamente a sua vida. E isso é claro, amados(as) leitores e leitoras eu não posso contar, né?! Perdoem-me! 

Eu fiquei encantada com a estória, a escrita é muito simples e divertida. Sabe quando tudo dá errado? É em A Aposta! Sabe quando tudo dá certo? É em A Aposta! Vou reler esse livro em breve, por que ele é maravilhoso, e eu ainda não esqueci aqueles três, aliás, aqueles quatro, por que a vovó Nadine, é uma figura!

Tive a impressão que a autora deixou brecha para escrever uma continuação, o que meus queridos(as) leitores e leitores, me faria sair dando pulinhos por ai! Mas, pode ter sido só uma impressão errada...

Os contatos que ela deixou são do Twitter: @RachVD, do Facebook: Rachel Van Dyken Author, e o site: www.rachelvandykenauthor.com. Quem quiser saber mais dessa estória, dá uma olhadinha nesses locais, e se quiserem comprar o livro, que eu SUPER RECOMENDO, é só buscar nos sites de vendas, como Saraiva, Siciliano, enfim, aonde vocês confiam.

Espero que eu não tenha deixado sua cabeça confusa com tanta informação, mas espero também ter atingido o seu coração com a resenha dessa bela estória! A Aposta, ganhou um espacinho super especial no meu coração e na minha prateleira! Desejo a vocês todo o encantamento e o prazer que uma boa leitura trás à nossa alma.

Com carinho,

Natasha.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O livro que estou lendo...

Caríssimos(as) leitores e leitoras,

Estou passando para informá-los de qual livro estou lendo no momento! E é esse:



Já leram algum livro da autora Sylvia Day? Eu adoro os livros dela, especialmente a série Crossfire que ganhará um cantinho especial aqui no Blog! Eles são romances eróticos e a classificação indicativa para o livro é 18 aninhos!! No caso de Obstinada, além de romance erótico, é romance histórico também! Ficou curioso(a)? Assim que eu concluir a leitura vou fazer uma resenha aqui para aquelas pessoas que ainda não podem ler esse tipo de romance =( e também para aquelas pessoas que podem ler, mas ainda não conhecem a obra, que tal?

Sinopse do livro:


Londres, 1770. Debaixo de toda a seda e renda da sociedade londrina se encontra uma
organização secreta de espiões de elite. Proteger a Coroa de seus inimigos é uma tarefa árdua, mas, para Marcus Ashford, proteger seu coração de uma obstinada paixão é um perigo ainda maior.

Como agente da Coroa, Marcus Ashford, o Conde de Westfield, já enfrentou inúmeros duelos de espada, foi atingido por dois tiros e se esquivou de mais disparos de canhão do que poderia contar. Porém, nada o excita mais do que o primitivo apetite sexual de sua ex-noiva, Elizabeth. Anos atrás, ela o preteriu pelo charmoso Lorde Hawthorne. Mas agora, Marcus deve defender a elegante viúva, e o fará ao mesmo tempo em que cuida de suas outras, mais carnais, necessidades, mostrando a ela até onde vai o real desejo de um homem.


E ai gostou? Vem resenha dele por ai...

Com carinho,

Natasha.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O Pequeno Príncipe – Antonie de Saint-Exupéry

Caríssimos(as) leitores e leitoras,

Vocês já ouviram alguém elogiar exaustivamente o livro O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry e nunca leu para conferir? Bom, hoje, trarei a magia indescritível de O Pequeno Príncipe!




Antonie-Jean-Baptiste-Marie-Roger-Foscolombe de Saint-Exupéry além de escritor era ilustrador e piloto. Nasceu no ano de 1900, na França e faleceu precocemente em 1944. O título original desse livro é Le petit prince, e foi publicado e traduzido no Brasil pela Agir Editora LDTA. Os desenhos do autor, na versão que eu tenho, são coloridos, mas eu já vi em algum site de vendas que foi lançado o mesmo livro, porém com as “Aquarelas do Autor” em preto e branco. Lembrando que, ele foi levado para todos os países, e todos os continentes!

Antonie Saint-Exupéry


A obra vem com 92 páginas, ou seja, é uma narrativa relativamente rápida, principalmente por que está repleta de ilustrações que a complementa nos permitindo viajar ainda mais na imaginação do autor e mergulhar no mundo do Pequeno Príncipe.

O primeiro contato que tive com a obra, há sete anos, simplesmente me fascinou. O livro era emprestado, e a dona era um pouco... ciumenta, digamos assim! Quando li a primeira vez, resolvi ler novamente para não esquecer, já que teria que devolver. Mas antes de devolvê-lo li mais uma vez, só para garantir. O que eu não percebi de imediato foi que eu o li três vezes no mesmo dia! Mas não adianta falar de mim, sem falar do personagem mais brilhante que eu já conheci: O Pequeno Príncipe!

A história descreve um encontro de um homem com o nosso querido Pequeno Príncipe – digo nosso, por que se você o conhecer facilmente irá se apaixonar por ele. Esse homem foi uma criança que não era muito compreendida pelos adultos, o que acontece muitas e muitas vezes. Quando criança ele sabia o que era estranho e o que o incomodava nas "pessoas grandes", mas ele cresceu, e se tornou uma delas... Seu encontro com o Principezinho, o fará lembrar o que é essencial à vida!

O momento que mais gostei se dá quando o Príncipe visita alguns Planetas até chegar à Terra. Cada Planeta que ele encontra, trás uma personagem inusitada e que, vez ou outra nos identificamos leitores e leitoras. Mas isso é importante para que possamos ver como podemos ser tolos e até estranhos, com nossas ocupações, manias e vícios.

Temas como amor, solidão, arrogância, orgulho, alcoolismo, sonhos e alienação, são tratados de forma muito singular pelo autor permitindo que as crianças entendam, e que os adultos se examinem. É um livro extremamente atual, que se aplica a qualquer pessoa, independente de idade, sexo, tempo e espaço. 

A narrativa do pequeno Príncipe, como uma criança pura, sincera e curiosa, e que ama o pôr-do-Sol, juntamente com sua rosa orgulhosa, e seus três vulcões (dos quais dois servem de fogão, e um de banco), é de uma grandeza inexplicável. O Pequeno Príncipe é um livro mágico e real.

Ah, o livro tem continuação, que eu ainda não li, mas sei que existe, deu origem a um filme, e também, o nosso Principezinho ganhou um Parque de Diversões na França. Que deve ser fantástico tanto quanto o livro!

Esperei sete anos para encantar meu coração novamente com essa história, que apesar de ser a mesma, me transformou um pouquinho como na primeira vez. Esse é um livro para mim, para você e para os nossos filhos. E um presente para se dar como ouro! Mas não é história de criança não! Ele nos faz pensar em quem somos, e em quem podemos ser. Mais uma vez, o Pequeno Príncipe tirou da gaveta empoeirada onde guardei os meus brinquedos, a minha essência, os meus sonhos, e o meu encantamento pelas coisas simples da vida.

Caros(as) leitores e leitoras, se estas palavras não serviram para convencê-lo a ler esta obra, perdoe-me, escrever mais seria dar liberdade à minha alma, e deixar a razão de lado e contar toda a história desse fantástico príncipe. Como isto é um blog, resumo minhas palavras em desejar que vocês um dia conheçam O Pequeno Príncipe!

Com carinho,

Natasha.

sábado, 30 de agosto de 2014

O expert - Luis Fernando Veríssimo

Queridos(as) leitores e leitoras,
Trouxe para vocês um dos contos que mais gostei do livro Os Últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos de Luís Fernando Veríssimo que escrevi a resenha alguns dias atrás. Este conto é hilário, por isso o escolhi para compartilhar com vocês. Espero que gostem assim como eu!

Com Carinho,

Natasha.


O Nabokov tem uma história parecida, mas sobre xadrez. Esta não é plágio, no entanto. Digamos que é homenagem.
- Sessenta e três não foi um bom ano para esse vinho. Muito ácido.
- Que safra você recomenda?
- A de 65. Excelente, o bouquet, o tanino, tudo.
O outro provou o vinho.
- Você tem razão. Muito ácido.
- Mas não deixa de ser um bom vinho. Seco, mas com um substrato quase doce no final. O que os franceses chamam de après-gout
- Exatamente. Já vi que você entende.
- Modestamente.
- Aceita um pouco?
- Não, obrigado.
- Ah, um purista.
- Não, não. É que eu não bebo.
O outro sorriu. Obviamente era uma brincadeira. Uma das maiores autoridades mundiais em vinho não bebia. Boa aquela. Insistiu:
- Só um copo. Garanto que você será indulgente com este pobre 63.
- Mas não bebo mesmo. Nunca botei uma gota de álcool na boca.
O outro parou de sorrir; era sério.
- Mas como? Você entende de vinhos como ninguém e nunca botou uma gota de álcool na boca?
- Nunca.
- Não entendo.
- Eu conto.
O homem tinha sido preso. Não quis entrar em detalhes. Questões políticas. Lutava pela causa do proletariado, era contra a burguesia inconscientemente e seu consumismo conspícuo, achava um absurdo alguém pagar uma fortuna por uma garrafa de vinho enquanto outros morriam de fome, acabara preso.
- Na prisão, não me deixavam ler nada. Aquilo para mim, era a pior tortura. Sempre fui um leitor compulsivo. Não podia passar sem livros e revistas. Mas era proibido.
O outro serviu mais um copo de vinho. O homem continuou na sua mineral.
- Um dia, pedi uma Bíblia. Achei que aquilo eles não podiam negar. Disse que queria me regenerar, fazer um exame de consciência, me encontrar com Deus. Na verdade, queria alguma coisa para ler, qualquer coisa. Eles achavam que eu estava sendo hipócrita. Me negaram a Bíblia.
- Puxa...
- Tentei outro estratagema. Gritei que queria saber quais eram os meus direitos. Exigia que me trouxessem uma cópia da Lei de Segurança para eu saber exatamente em que artigos tinha sido enquadrado. Na verdade, só queria alguma coisa para ler. Eles riram de mim.
- Maldade.
- Pedi que trouxessem histórias em quadrinhos, jornais antigos, qualquer coisa. Nada. Me desesperei. Um dia revirei toda a minha roupa, o colchão da cela, o travesseiro. Sabe o que é que eu procurava?
- O quê?
- Uma etiqueta. Só para ter algumas letras na frente dos olhos por alguns instantes. Eu era como um alcoólatra que se contentaria só com o cheiro do álcool no ar. Mas não encontrei nada. Nem a pia nem a latrina tinham o nome do fabricante. Um dia, embora não fumasse, implorei um cigarro. Um guarda me deu um. Rapidamente, procurei no papel do cigarro o nome da marca. Mas o papel era branco, liso, sem nenhuma letra. Eu não aguentava mais. Então...
- O quê?
- Um dia me levaram para interrogatório. Me botaram de pé contra uma parede, os braços estendidos para os lados. Em cada mão eu tinha de segurar um peso e ficar assim, sem deixar cair o peso. Numa das mãos, eles colocaram uma cadeira. E na outra... Eu nem podia acreditar...
- O que era?
- Um livro! Um livro pesado, capa dura... Fingi que desmaiava e cai abraçado com o livro. Até hoje não sei como consegui chegar com o livro à minha cela sem que eles descobrissem. Não posso descrever a minha alegria. Eu finalmente ia ver letra de novo. Palavras inteiras. Frases, parágrafos, pontuação... Sentir a textura do papel, o cheiro da tinta, o volume de uma lombada bem torneada na mão. Comecei a saborear o livro. Só o título eu li e reli umas cem vezes, quase chorando.
- Que livro era?
- Uma enciclopédia de vinhos.
- Ah...
- Passei quatro anos lendo e relendo a enciclopédia. Decorei tudo. Quando aparecia um guarda, eu escondia a enciclopédia debaixo da coberta. À noite lia com luz de vela. De dia, lia de trás para diante e de diante para trás. Chegava a sonhar com o livro. Sonhava com vinhedos, com chateaux, com safras famosas... Até que um dia me soltaram.
O homem tomou um gole de mineral. Sorria tristemente.
- Você voltou à atividade política?
- Não, não. Era outra pessoa. Meus companheiros tinham desaparecido, ou também tinham mudado. Eu precisava tratar da minha vida. Procurar emprego. Um dia, quando dei por mim, estava na frente de uma casa de bebidas, olhando a vitrine. E me dei conta que conhecia, intimamente, tudo sobre cada garrafa de vinho exposta ali. Tudo! Entrei na loja e comecei a percorrer as prateleiras. Era como encontrar velhos conhecidos. Rótulos que eu conheciam apenas da reprodução na enciclopédia ali estavam, ao vivo. Com o último dinheiro que tinha, comprei uma garrafa de bordeaux, um Saint Emilion menor. Levei para a pensão onde estava morando. Abri a garrafa, servi no copo que usava para escovar os dentes e não fui além do primeiro gole. Sempre tivera nojo de álcool e o meu gosto não mudara. Eu era um expert numa coisa que abominava. 
- E desde então...
- Desde então me dediquei à crítica enológica. Hoje sou reconhecido mundialmente como especialista em vinhos. Escrevo para revistas gourmets. As pessoas comentam o meu estilo irônico, o meu distanciamento aristocrático, e me imaginam um sibarita enfastiado. Aposto que meus velhos amigos de esquerda me consideram um traidor. Sou convidado para mesas de milionários - como a sua - e me comporto como um deles. Só que bebo mineral.
- Bem, vamos passar ao conhaque. Qual é o que você recomenda?
- Hennesy. Quatro estrelas.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Os Últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos. 1 Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Os últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos - Luís Fernando Veríssimo

Caríssimos(as) leitores e leitoras,

Minha primeira resenha sobre livros será sobre Os últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos, do autor brasileiro Luís Fernando Veríssimo, que é conhecido por sua escrita simples, criativa e humorística. De forma geral, Luís Fernando tem uma característica própria expressa em seus textos, e isso permite, que facilmente, o leitor se identifique em algumas de suas histórias. Já que ele retrata o cotidiano!


Este livro foi lançado em 2013, pela Editora Objetiva. Ele tem 162 páginas, é 16x23. Além de ser impresso em um papel muito parecido com Pólen, que outrora já descrevi as características e vantagens deste tipo de papel nos livros.
Bom, eu sempre gostei muito da escrita e do humor de Luís Fernando Veríssimo, comprei este livro, motivada principalmente por isso. Sou fã de carteirinha de outros livros dele, como: Sexo na Cabeça, Ed Mort e Outras Histórias e As Mentiras que os Homens Contam, que simplesmente li, reli e contei para todo mundo o quanto era bom. Dessa maneira a comparação destes com Os últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos, foi quase inevitável.

Luis Fernando Veríssimo


O livro apresenta 10 contos, que trazem desde “Os últimos Quartetos de Beethoven” até “A mancha” que trata de uma mancha de sangue em um carpete de um prédio abandonado, que data do período da Ditadura Militar no Brasil. Dá pra ver que é bem plural. No entanto, comprei este livro pensando que iria rir do começo ao fim. E não foi bem assim. Mas, o livro também é marcado por alguns contos divertidíssimos.
Achei meio maçante quando comecei a ler o conto “A mancha”, por que ele é longo demais. E tive a impressão de já ter lido um dos contos, justamente um dos que eu mais gostei, “O expert”.
Ah, ele também trás no conto “Lo” o assunto da pedofilia. Ele descreve a história de um menino de 12 anos que foi adotado por uma francesa, que na verdade não o queria como filho. O conto é narrado pelo menino “Rosé Rosé” que conta de forma detalhada como era estar com a suposta “mãe”. Particularmente não encontrei o humor neste conto. Pelo contrário, compreendi a crítica social que Luís Fernando fez, porém achei inadequado este tipo de conto no meio do livro, que até então trazia contos, digamos, mais leves e mais humorísticos.
Adorei “Memórias”, “Contículo”, “O expert” como já havia falado, e em “A mulher que caiu do céu” eu simplesmente me encantei, e percebi toda a característica de humor, criatividade e originalidade de Luís Fernando reunida neste conto.
Na verdade as pontadas de crítica social e expressões da questão social, como violência e pedofilia, estão bem mais presentes nesse livro do que nos outros que li dele, inclusive se puder farei resenhas sobre eles também.
Esta é minha visão sobre o livro Os últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos, e você, já leu? Gosta dos livros de Luís Fernando Veríssimo?

Com carinho,
Natasha Alves.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Edição Econômica ou Edição Normal? Tire suas dúvidas...

Caros(as) Leitores e Leitoras,

Não sei se vocês já se perguntaram ou já ouviram alguém perguntar sobre as diferenças entre a Edição de livros Econômica ou Normal. O fato é que, muitas pessoas desconhecem essas diferenças, e até pensam que a Edição Econômica reduz o livro. Será?

Elenquei os principais, se não todos, os componentes que considero que diferenciam os dois tipos de Edição.

Em primeiro lugar destaco a CAPA. Geralmente as capas dos livros de Edição Econômica são mais brilhosas que na Edição Normal, uma vez que estas últimas geralmente aparecem com uma capa meio fosca. Mas, ha Edição Econômica que a capa é quase igual, à capa da Edição Normal. Ha também os detalhes em alto ou baixo relevo, que nunca (pelo menos eu nunca vi) aparecem na Edição Econômica. O material da capa do livro de Edição Econômica pode parecer um pouco mais fino que a normal, mas acredito que seja pela falta das ORELHAS, que é o que irei falar adiante.

Para que servem as ORELHAS, afinal? 



Ha pessoas que não sentem muita falta delas, mas na Edição Normal elas aparecem e sempre trazem informações adicionais, como um pequeno resumo do que o leitor pode esperar do livro, e também informações sobre o autor ou autora. Que eu sempre gosto de ler! Infelizmente essas informações não aparecem nas Edições Econômicas.

Quanto as LETRAS e formatação do livro. No exemplo que tenho para mostrar a vocês percebo uma pequena diminuição do espaçamento entre parágrafos e entre linhas. Ou seja, as frases estão mais próximas, e para quem tem problema de concentração na leitura, pode ser um desafio ler o livro, sem confundir o próximo parágrafo com o parágrafo atual nenhuma vez. Mas isso é mais uma questão de concentração do que um problema para a Edição Econômica, já que essa pequena confusão pode acontecer em qualquer momento e em qualquer leitura. Quanto ao tamanho das letras, não observei nenhuma diferença, mas em outros livros pode ser que haja sim uma diminuição considerável do seu tamanho.

As FOLHAS são as maiores vilãs dos livros em Edição Econômica, na minha opinião. 



Os livros de Edição Normal, geralmente são impressos em um papel chamado Pólen Soft. Mas ha livros, mesmo em Edições Normais que esse papel não aparece, então esse não é bem um problema só das Edições Econômicas. Esse papel, ele contribui para que a leitura seja mais prazerosa, e menos cansativa. O atributo principal dele é o fato que ele não reflete a luz, dessa forma ele não cansa muito a vista. Já os outros livros de Edição Normal, que não tem esse papel, e TODOS os livros de Edição Econômica são brancos, e finos, e se parecem muito com a folha A4. Os papeis do tipo Pólen, eles são amarelados, um pouco mais grossos, não são muito transparentes. E muitos livros que trabalham com esse tipo de papel, ainda podem apresentar um selo que garante que a madeira que foi utilizada para fabricar o papel, provém de florestas que foram exploradas de forma ambientalmente correta e aceitável. O que é bem legal para a nossa consciência ambiental, não é?

Outra diferença expressiva é o PREÇO. Na Edição Econômica, o próprio nome já diz que ela é mais barata do que a Edição Normal. Mas vários sites e livrarias realizam promoções que muitas vezes o livro de Edição Normal pode ficar até mais barato que o de Edição Econômica. Vale a pena pesquisar antes de comprar. E, sobretudo, é importante observar a descrição do livro, pois alguns sites fazem mega promoções de livros, com preços inacreditáveis, e vendem a Edição Econômica e nós só percebemos depois que o livro chega na nossa casa. Os livros de Edição Econômica em geral são de 14x21, e os de Edição Normal são de 16x23. Mas, ha também os livros em Edição Normal, que são de 14x21, pois só foram fabricados nesse tamanho.

Considero o livro de Edição Econômica mais versátil, no sentido de não ocupar muito espaço na bolsa. No entanto, a Edição Normal é mais confortável de ler. Por exemplo, o dispêndio de força para abrir um livro de Edição Econômica é bem maior do que o necessário para abrir um de Edição Normal, por conta, justamente, do seu tamanho.



A conclusão de toda esta sopa de informações é que, só você saberá escolher qual é a edição que mais satisfaz às suas necessidades. Prefiro a Edição Normal por todos os detalhes que elenquei e também pelo fato de que na minha estante ha mais livros 16x23, do que 14x21. Mas isso é só uma questão de estética. O importante mesmo é a leitura, e esta pode ser realizada até com livro de bolso!

Ah, e NÃO, o livro de Edição Econômica não é reduzido, é o conteúdo completo da publicação, igual ao livro de Edição Normal.

Com carinho,

Natasha Alves